Vou começar esse texto sem nada previamente
pensado como faço geralmente ...
Então
que ando tendo sintomas de saudade, o que não é nenhuma novidade quando algo
nos fica distante, só que a diferença dessa vez é que a saudade não me dói, é
quase gostoso sentir, quase, se não fosse o fato de saber que amanhã não
poderei mata-la.
Ando
suspirando boba pelos cantos com as lembranças felizes daquele moço, e ando me
desconhecendo por estar tão saudosa e nem um pingo sofrendo, por mais que eu
sinta muito por não ser mais nós, não consigo ficar triste, simplesmente pego
tudo de bom que houve e fico feliz por ter acontecido, sem lágrimas, sem
desespero, sem me enlouquecer, só mesmo a saudadezinha, a danada da
saudadezinha...
Sabe
mesmo o que eu queria que acontecesse? Que eu não fosse privada da presença,
das conversas aleatórias e divertidas, e confesso que não queria que aquele “quê”
de sacanagem que tínhamos terminasse, é uma pena que talvez isso tudo já não
nos caiba mais.
Mas
eu sei que com o tempo, distancia, falta de contato e não sei mais o quê, até a
saudade passa, até as lembranças se esvaem , mas o que eu tenho pra hoje é essa
coisa louca de sentir o coração ainda pulsar, as memórias bonitas e doces, o
desejo de que algo ainda nos aproxime, não mais da mesma forma, isso realmente
sei que não cabe, mas de outro jeito, sei lá qual, sei lá como, e sei la também
se isso vai acontecer. Mas se for pra acontecer, permaneço aqui como sempre
estive; com o peito aberto pronto pra te abrigar, afinal, meu coração é casa, e
nela ainda há um espaço teu.
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