quarta-feira, 23 de março de 2011

Mais um texto que é a minha cara / Lá se vai mais um pedaço meu

Dialogo 1:
Ela: Oi sumida, como você está?
Eu: Eu sumida? (risos) Estou bem, e você?
Ela: Tem certeza que você está bem? Não é isso que os seus olhos dizem
Eu: Sério, meus olhos estão tristes?
Ela: Estão sim
Eu: Realmente, não estou nada bem

Dialogo 2:
Eu: Amigo, meus olhos estão mesmo tristes?
Ele: Estão sim meu amor.

Disfarcei o dia inteiro, mas o meu olhar não me deixou negar a tristeza que novamente veio me atingir. Não estou escondendo o motivo, conversei com várias pessoas sobre isso. Sinceramente, contei por raiva, por decepção, e para mostrar a todo mundo o belo pai que tenho (isso foi uma ironia).
Mas em momento algum quis admitir estar triste, e por isso sorri o dia todo, passei a tarde na rua rindo, mostrando estar nem ai. Mas vira e mexe o assunto vinha à tona. Não tive vergonha alguma de dizer. Sei que não deveria ter dito, é algo pessoal demais, não deveria ter contado a ninguém. Mas chega um dia que você explode, e hoje eu explodi. O que descobri hoje foi o estopim para me fazer ter total desconfiança e total falta de respeito pelo meu próprio pai.
Cínico! É esse o adjetivo que cabe perfeitamente a ele. Me pergunto como um homem que já bateu no peito -literalmente- e me disse “Eu sou um homem honrado e correto” pode ter feito o que fez e ainda assim posar de dono da verdade.
É uma mistura de sentimentos tão grande que a minha vontade é de despejar tudo na cara dele, e não aqui. Mas não vou fazer isso, não faço pela minha mãe! Que na verdade foi a vitima, aliás, continua sendo. Ela se submete a muito por muito pouco, e me submete ao mesmo. Mas, mesmo passando por tudo que passo, do lado dela eu não saio! Mesmo que para ficar com ela, eu tenha que engolir mil sapos por dia. Já engulo há tanto tempo que eles já me descem “guela” abaixo tão rapidamente que nem engasgo, apenas ignoro, ou melhor não respondo, porque se eu ignorasse mesmo, não estaria nem ai, mas guardo cada palavrinha mal dita que me é lançada, e um dia ainda gritarei tudo na cara dele.
É, logo agora que eu estava tão plena, lá me vai um pedaço embora, mas deixa estar, irei ficar bem de novo.
Despeço-me!

Um comentário:

Társylla Gomes disse...

Amiga, esquece ele (foi mal pelo conselho, mas seu pai não presta!)
Ele não merece nem a mulher e nem a filha que tem, mas ore que o retorno virá!
Tu sabe que pode contar sempre comigo não é?
Beijos e te amo c9