sexta-feira, 2 de março de 2012

Intimidade


Apesar de não ser de medir palavras aqui, e muito menos de me ocultar, há assuntos da minha vida que por mais que eu precise desabafa-los tenho medo. Muita gente tem me lido, isso assusta um pouco, é muita gente sabendo ao fundo que eu sou, e é muita gente também que só vem aqui com energias pesadas, me lê só pra saber o que se passa. AMO isso aqui, amo que me leiam, amo o que escrevo, amo os conselhos, as amizades que firmei aqui, mas fico assustada quando vejo 150 visualizações de página por dia  - recebo isso em média -, fico me perguntando quem são essas pessoas, como elas veem meu blog, porque elas vem até aqui.
Há muito tempo tenho algo que queria contar, mas não sei se é hora de abrir essas coisas para o mundo, aliás, tenho tantas coisas as quais tenho medo de abrir para o mundo que é complicado. Mas hoje resolvi contar algo a vocês, e aproveitando o fato de muita gente me ler - em especial adolescentes iguais a mim – vim contar algo intimo, intimo até demais...
Transei pela primeira vez aos 15 anos, não estava preparada, mas como na maioria da minha adolescência, sempre fui guiada pela opinião alheia - hoje graças a Deus não sou mais assim, tenho total autonomia sobre a minha vida, faço o que quero, quando quero – e como duas das minhas melhores amigas não eram mais virgens e me contavam como tudo acontecia entre elas e os namorados delas passei a ter muita curiosidade, mas sem nenhum preparo, sentia muito medo, vergonha, e era muito nova. Mas em um dia antes do colégio transei com meu namorado, achei que seria bom por já termos quase dois anos juntos. Sonhei, pensei que seria perfeito, mas a única coisa que senti foi dor; dor porque dói mesmo e dor por me sentir um tanto que usada, não entendia como ele conseguia sentir prazer naquela situação, eu tinha vontade de chorar durante o ato, doía, incomodava, eu só queria sair dali, mas fiz toda uma cena, não sei se ele caiu ou se realmente não se importava. Como fizemos isso com pressa  - ainda teve essa parte, a pressa, como um momento especial desses poderia ser feito assim? – logo depois estava no colégio, e mais uma vez uma dor horrível, mas eu dizia as minhas amigas que tudo foi lindo, que eu estava bem, não estava. Transamos mais uma vez, também não foi bom, ele partiu pra cima de mim com tanta voracidade que cheguei a gritar de dor, só de lembrar me dá agonia...
Transei com outro cara meses depois, doeu de novo, mas ele foi tão diferente, respeitou os meus limites, a minha condição, fez de tudo para que eu me sentisse confortável, e eu realmente me senti, ele foi incrível, talvez por ser muito mais velho que eu ele tivesse certa experiência, ou ele era mesmo cuidadoso e gostava de mim, foram deliciosas as duas vezes em que nos amamos.
Depois de muuuuito tempo, namorei o Baby e quem me acompanha sabe que também tive transas incríveis com ele, era gostoso demais fazer amor com ele, antes, durante, depois, era realmente mágico.
Mas houve uma outra vez onde me senti usada, e essa foi a ultima, não vou dizer com quem foi, se era cazinho ou namorado, como eu disse muita gente me lê, muita gente conhecida. Foi tão estranho mais uma vez ver o cara gozar sem eu sequer sentir algo, e não senti porque ele partiu pra cima com toda voracidade do mundo, tá que na cama vale tudo - ou quase tudo – uma sacanagem entre quatro paredes é bom demais , mas não vale dizer “eu te amo” e não ser correspondida, vale? Não vale pedir carinho e não receber, vale? Me senti usada, um pedaço de carne, e desde então não quis mais ter relações com ninguém. Vontade eu tenho, a libido está a mil, mas quando eu penso que pode ser uma transa sem cumplicidade, sem carinho e cuidado, caralho eu broxo fácil.
Fico imaginando quando tiver um namorado e estivermos quase lá, como vai ser pra me entregar sem medo, fico pensando se terei que contar tudo isso a ele, nossa...
E eu tenho uma visão tão romântica do sexo, pra mim essa é uma coisa que deve ser tratada com todo cuidado do mundo! Tem que haver uma preocupação mutua pelo bem estar do outro, e não do próprio, porra eu gosto dos meus orgasmos, gosto de saber que o homem tá ali afim de me satisfazer, e ainda mais; gosto de saber que ele gosta de mim e que aquilo tudo também é um momento importante para ele, que não é só sexo, é amor! Porque desculpe-me se sou fresca, mas não transo com ninguém com quem no mínimo eu não esteja a alguns meses.
Então, pra quem está nessa fase da vontade, por favor; SE CONHEÇAM ANTES! Saibam os seus limites, CONHEÇA O CARA ANTES, converse, sinta-se pronta, não tenha pressa, é um momento importante demais, não queira sentir culpa depois, porque sinto total culpa hoje...
E meninos, tratem a garota como princesa, tenham calma, respeitem, cuidem!
Porque se eu pudesse voltaria atrás e talvez só perderia a minha virgindade muito depois, em outro momento, e até mesmo com outro cara.

5 comentários:

Karine disse...

Oii querida vim agradecer e dizer que fico muito feliz em ter sua presença em meu blog. O seu é um encanto. Seguindo seu tumblr também, incrivel assim como o blog!
Deus abençoe
http://asoonhadora.blogspot.com/

Nathalia Passarinho disse...

Mulher!! Era esse tipo de conselho que eu estava precisando.
Estou ficando com um menino e eu sempre vou na CASA dele, ou seja temos VÁRIAS oportunidades de temos relações.
Mas eu sei q ele não quer nada sério e muito menos me ama.
O Jeito é esperar.

Dayane disse...

Adorei o texto! Achei lindo de sua parte se expor assim para ajudar outras pessoas! Também penso que o sexo deva ser um troca, uma cumplicidade entre os dois.

Ceiça Frota disse...

Taiane,
Acho que se deve pensar mesmo antes de tomar uma decisão que não tem volta! Eu não me arrependo, posso dizer que foi tudo de bom! Mas a maioria das minhas amigas se arrependem, acho que no calor da adolescência agente acaba fazendo loucuras.
Muito bacana o texto.
Bjs,

www.garimpus.com

Vanessa_Oliveira disse...

Trocar experiências assim só engrandece.
maravilhoso.
beijos p vc ***