quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Fly!


“Pensamentos, assim como cabelos, também acordam bagunçados.”

 Hoje acordei com tudo bagunçado aqui dentro, com uma suma de incertezas da vida, com uma inquietude, uma vontade de solidão, e com um medo da mesma, hoje acordei paradoxalmente chata, sem vontade de olhar o mundo, embora olhasse o mesmo pela janela do ônibus parecendo tentar encontrar o que perdi de mim perdido em qualquer uma dessas esquinas, não encontrei...
Mas olha que coisa estranha, andei rindo ultimamente porque não queria pensar na vida, porque eu sabia que no dia que eu parasse pra refletir ia acabar bagunçando o que já estava de pernas pro ar. Resolvi dar um tempo da angustia, curtir um pouco o gosto doce da vida, deixar e standy-bye o que me desconforta pra poder pelo menos por uns dias estar feliz, e estive plenamente, me permiti estar. Mas não dá pra deixar tudo de lado, não dá pra negar os fatos, tem muita coisa pra ser resolvida e curada, infelizmente tá na hora de sentir o gosto insosso que a vida tem. Mas não estou infeliz, infelicidade é forte demais, só estou com chatice desse mundinho escroto do caralho, dessas pessoinhas cabecinha de merda, dessas coisinhas pequenas e chatas que me dão no saco todo dia.
Pra ser muito sincera eu nem sei bem o que ando sentindo, acho que é porque sinto tantas coisas ao mesmo tempo que todas se misturem  me deixando assim tão zonza. Mas uma coisa é certa, ando com medo do que me torno, ver o mundo com esses olhos não ta sendo fácil, não vejo mais encanto, não vejo mais cores, meu pé se fincou demais ao chão, ás vezes é necessário dar um voo, e as minhas asas estão batendo depressa, mas os meus pés permanecem no mesmo lugar. Se deixa voar menina, deixa o vento te levar, se joga, se prova, se tenta, coragem para tal não lhe falta.
Mas de tanto voar e cair embruteci-me, virei pedra, se bem que no meio, lá escondido em mim ainda há um brilho intenso, e é por ele que temo, não quero deixar ninguém leva-lo. De tanto mostra-lo quase me levaram, mas resgatei-o e zelei por ele. Mas o danado é tão intenso, tão bonito que se mostra, vai saindo pelas arestas irradiando seus raios, danado, por mais que eu tente o contrario ele flui, e é daí que começo a exalar encanto por ai, é daí que vou mesmo não podendo, não querendo e não enxergando me encantando, indo contra eu mesma por medos que se confundem; medo de mostrar-me, medo de esconder-me, não sei o que faço, só sei que quero meu brilho comigo, há coisas boas nele, minha pureza já perdida nessa casca de mulher fatal está nele, minha esperança de crença no amor e nas pessoas está nele, eu na minha real essência estou nele, e acho que é por ele que ainda vou por ai me lançando em paixonites, porém sem conseguir voar, sem querer nem por um segundo me entregar, mas quem disse que não acabo me entregando? Moça estranha, nem se dá conta de que é romântica até os últimos fios de cabelo, nem se dá conta do quanto se entrega mesmo com medo, mesmo se escondendo. Moça estranha que nem sabe o que sente, só sabe que a casa tá bagunçada, ela não sabe por onde começar arrumar, começa do começo, oras, começa por essa cabecinha insana e vai até seu coração, aproveita quando passar por lá e abre uma porta. A vida tá amarguinha hoje, mas continua fazendo como sempre; vai sorrindo! Vai mostrando a língua pro povinho careta que te acha doida, seja doida! Agora tira o pé do chão pequena, se deixa mesmo ir levando com a maré da vida, o que irá acontecer é inevitável, você já se deu conta disso, abre as asas! Tá meio esquisito mesmo, você mudou depressa, teve que blindar-se para não quebrar em pedacinhos, foi necessário, mas agora vai fazer o que você faz de melhor, vai mesmo ser a moça descompensada que tá nem ai pro que vai acontecer amanhã, que a delicia mesmo é viver o hoje, você adora isso, adora perigo, adora paixão, adora arder o fogo, vai queimar garota, vai dançar pra seduzir a vida. Vai Taiane, que o que te espera é muita coisa, e tu tá A-M-A-N-D-O essa vida boa, que se foda se tu é mesmo uma menina má e escrota, pelo menos você vive, pelo menos você voa! VOA PRINCESA! 

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