Tentar
poetizar-me hoje vai ser meio complicado, não pela falta de sensações ou de
coisas para contar, muito pelo contrario, são mil e dois motivos para relatar,
motivos bons, ainda estou zonza...
Destilar-se
em algo forte, era disso que eu precisava; de um porre, uma cachaça bem tomada
pra talvez assim encarar melhor a minha vida, e olhem só que coisa louca, fui
beber com um praticamente desconhecido, o que eu sei mesmo dele é o nome e o pouco
que ao decorrer da bebedeira fui permitida conhecer, conheci o moço num dia e
um após estava tomando umas com ele, que mocinha doida...
Tomei
a primeira, segunda, terceira, como sou fraquinha pra bebida a esta altura já estava
tontinha da silva, rindo do vento, falando da minha vida como se o desconhecido
se importasse, pelo menos demonstrava gostar de ouvir. As horas passaram, ele
me trouxe até próximo a casa onde estou, e eu no caminho meio que tropeçando dizia
a mim mesma “sou louca!” e ria...
Não,
eu não estava bêbada, só estava naquela fase extasiada do porre, estava “grog”
digamos, estava bebendo com um desconhecido, não podia ficar bêbada, pelo menos
a minha loucura não podia bater enquanto estivesse com ele, fui a pessoa mais sóbria
do mundo, pelo menos enquanto estava com ele.
Ao
chegar em casa, como ando com a cabeça cheia de “porquês” me deparei pensando
na vida, droga, eu não deveria fazer isso, quanto mais eu penso, mais me sobram
duvidas, mas olha que coisa engraçada; tive mil duvidas, e procurei meu refugio
pra tentar me achar, liguei para a pessoa que juntos vamos construir nossa
vida, quer dizer; a minha vida! Ele vai me tirar de casa, me levar pra morar
junto com ele e recuperarmos todo o tempo perdido que o meu pai não nos deixou
viver, e ele me ouviu, eu chorei, falei as minhas angustias, incertezas e ânsias,
como estou ansiosa para irmos viver juntos, como tenho vontade de ir viver o
que nunca vivi com meu irmão (pensaram que era com quem? rs). Essa foi a primeira parte boa do álcool
no meu sangue nesta noite, essa conversa boa de irmãos/amigos que eu nunca
tinha tido assim tão intensamente com ele, e quero ter mais vezes, bêbada/grog ou
não (risos).
Mas encher minha cara ainda me trouxe mais
coisas boas, mais uma conversa maravilhosamente agradável, mais uma que nunca
tinha tido e preciso ter mais vezes, aliás, não foi uma conversa, foi um conto,
como ele mesmo me disse hoje, mais uma coisa engraçada; hoje quem me ligou bêbado
foi ele, ah e quem é ele? Vamos chamar ele de meu caso ok? Minha mais nova
paixonite, eu e minhas paixões...
“Meu amor” nunca havia o chamado assim, eu e
minha mania de esconder-me, de não demonstrar nada, mas o álcool me fez
chama-lo. “To meio bêbada, ta?” ele já desconfiava, muito estranho não o chamar
como o de costume...
“Tá acordado?” que moça maluca, já era 01:00
da manhã, e se ele estivesse adormecido? O acordaria certamente. Meu celular toca,
e eu bem tontinha tentando não falar besteira, nem me recordo se falei alguma (risos bobos). Nos embalamos em uma conversa que duraria 5 horas,
varamos a noite num tipo de busca pelo conhecimento um do outro, fiquei sabendo
que sou o tipo de mulher que todo cara procura, sou é? (rindo e dizendo “ai meu Deus”). “Porque tu me disse que sou complicada?” “vou tentar
explicar”, realmente, sou uma mocinha bem complicadinha, cheia de labirintos,
mas fui desenrolando, me complicando menos ao longo da conversa, deixei claro
que para me entender leia-me nas entrelinhas, e saiba que adoro queimar, adoro
fogo, até os últimos fios do meu cabelo exalam amor, apesar de que não amo
ninguém e não acredito muito nessa coisa, mas sou toda dada a paixão e a possível
crença de um dia realmente amar alguém. “Paciência” eu sei, e aprendi que devo
ter, olha, enquanto a nós, se é que posso dizer “nós” há muita paciência em
relação a tudo, é como eu disse “quero ir curtindo pra um dia quem sabe a vida
me fazer apaixonar, quero nada complicado” to gostando disso, de ser teu caso. Acabo de dar uma pausa, reler o
que escrevi até aqui e pensar como findar esse texto, pragmática que sou de vez
em quando, rs. Que coisa ein, eu que sempre quando bebo
acabo me jogando num poço, dessa vez me achei e tive conversas que me tiraram
pesos e me trouxeram paz, foi como uma
brisa boa que os anjos sopraram em minha direção, foi meio torta a forma
como fui conduzida e esta alegria, tive que tomar umas pra de fato encarar
melhor a vida, e ter coragem até mesmo de simplesmente chamar meu caso de “meu
amor”, que ousadia te chamar de meu (rindo muito). De nós tenho a sensação de que são dois malandrinhos se
juntando, duas pessoas nada normais que se identificaram, e pra ser muito
sincera e direta, duas pessoas que não prestam nem um pouco (rindo alto e falando “ai meu
Deus” pensando na possível reação de quando meu caso ler isso), e talvez a graça desse nosso conto,
dessa nossa historia que está começando a se tecer seja essa mesmo; não
prestarmos, não valermos quase nada, mas temos uma vontade em comum, uma boa
vontade...
Que bom ter visto o dia
clarear, que bom que enchi minha cara, que bom a conversa franca com meu irmão,
que bom ate mesmo o desconhecido, se bem que to com medo dele virar um pé no
meu saco (já repararam como
repito essa frase nos meus textos?), já me ligou mil vezes hoje pedindo pra me
ver, devo ser boa companhia de mesa de bar, ou ele deve estar me querendo,
quero ele não, ele não...
Que
historia meio louca, que mocinha piradinha, já não é normal, grog então... Mas
fez historia, foi uma boa noite, foi valido, faria novamente.
E depois de ter finalmente desligado meu
celular ás 04:55 da manhã e demorado a adormecer por estar meio afoitinha com
tudo, acordei sentindo-me leve, rindo da minha cara de ressaca e noite não
dormida, acordei mais bonita, mais viva, e com vontade de ver as duas pessoas
que por telefone me fizeram ter certezas que eu andava precisando, um eu quero
ver pra abraçar e acertar nossas vidas, verei amanhã, novamente vou encher a
minha cara. O outro eu quero ver pra olhar pra ele como gosto; de pertinho, dar
um beijo na boca, rir daquela cara de idiota, das cantadas que ele tira não sei
de onde que me matam de rir, e poder dizer “obrigada moço, pelo conto das cinco
para as cinco”, boa historia essa nossa, né “meu amor?” (rindo e pensando se
devo terminar meu texto assim mesmo, acho que devo, vou termina-lo assim, agora
sorrindo boba).
2 comentários:
ahaha vlw pelo conselho Taiane, sabe se eu nao tivesse vestibular no sabado na sexta juro que ia bebe.. mais quem sabe no sabado a noite? rsrsrs
beeeijos
HAHA Pela suas palavras eu posso sentir sua felicidade.
Normalmente quando as pessoas bebem ficam chatas, meio depressivas.
Mas no seu caso foi direito, você ficou muuuuuuito feliz e fez coisas que talvez em sã consciência não faria.
Sabe o que eu acho? Que o maior motivo dessa felicidade é esse seu novo caso hahah
Postar um comentário